Em ação inédita, Sepror realiza reuniões com segmentos para detectar gargalos e encontrar soluções
“É uma ação inédita que vem sendo muito bem recebida pelo
setor primário, de uma importância muito grande, pois aproxima os produtores
rurais dos órgãos que podem contribuir e muito para o desenvolvimento econômico
do Amazonas e é o primeiro passo para que o estado cresça como nunca”, definiu
o presidente da Federação da Agricultura no Estado do Amazonas (FAEA), Muni
Lourenço, sobre as reuniões que estão sendo realizadas pela Secretaria de
Produção Rural do Amazonas (Sepror), encabeçadas pelo secretário Petrucio
Magalhães Júnior, com a participação de todas as agências do Sistema Sepror.
De acordo com Petrucio Junior, essas reuniões são de
fundamental importância não apenas para detectar os gargalos de cada segmento,
mas também para otimizar recursos e coordenar as ações do sistema. “É muito
importante ouvir os diversos segmentos, saber de suas dificuldades e discutir
soluções junto com eles, mas é mais importante ainda, unir as ações das nossas
agências como a Adaf, ADS, Sepa e Idam, para que haja ações integradas, algo
que não era feito antes”, afirmou Petrucio.
Esta foi a segunda reunião, onde foram ouvidos produtores do
segmento da avicultura. A primeira, realizada nessa terça-feira (15), foi com o
setor da piscicultura, onde foram discutidos os mesmo temas: dificuldades e
soluções.
Parcerias
Um dos pontos discutidos, foram as parcerias que serão feitas
com as instituições de pesquisa, como Universidade Federal do Amazonas, Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Instituto Federal do Amazonas
(Ifam) com a Sepror, como forma de garantir tecnologia e assistência técnica para
desenvolver o setor primário. “Vamos unir todas as pontas para que tenhamos um
produção em escala comercial em pouco e nos tornemos competitivos no mercado
nacional, já que esta foi uma das dificuldades apontadas pelos produtores”,
destacou Petrucio.
Outras parcerias serão feitas com o Sistema S, que envolve o
Sebrae, Senar, Sescoop, Senai, Senac, para capacitar os produtores. Para o
presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas do Brasil no Amazonas
(OCB-AM), Merched Chaar, este é o momento de somar forças e impulsionar o setor
primário. “Não há como desenvolver um estado com as dimensões do Amazonas contando
apenas com o poder público. É preciso somar forças e conhecimento e dar as
condições necessárias para que os produtores produzam mais, pois a qualidade
eles já possuem, e tornar essa ação perene, com continuidade”, afirmou Chaar.
Gargalos
Entre os gargalos apontados pelos avicultores, foi a
aquisição de ração, já que os custos de trazer os insumos (milho, casca de soja
e outros) são muito altos e o Amazonas não produz em quantidade suficiente para
atender o mercado local e ter sobra para atender a demanda crescente do setor. “Vamos
equacionar esta questão da ração que é fundamental para que não apenas a
avicultura, como a aquicultura e outros segmentos, tenham suporte suficiente
para que possam se desenvolver e alavanquem a economia nos municípios do
interior”, destacou o secretário.
A questão de acesso ao crédito, tributos e também a taxação
de produtos que entram no mercado amazonense com preço abaixo dos que os
produtores
colocam à venda no mercado – que pode ser interpretado como dumping (ação ou expediente de pôr à venda
produtos a um preço inferior ao do mercado) – e que será estudado junto
a Secretaria de Fazenda (Sefaz) as medidas a serem tomadas. “Vamos consultar a
Sefaz para saber o que pode ser feito. Não é uma questão que depende apenas da
Sepror. Temos o empenho e a determinação do governador Wilson Lima para resolver
todas essas questões e esperamos em pouco tempo começar a fazer com que o setor
primário se desenvolva em sua plenitude”, concluiu Petrucio Júnior.
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